CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL E SUBJETIVAÇÃO DE TRABALHADORAS: LENTES MORAIS E RELIGIOSAS QUE OPERAM NO CONTEXTO DO TRABALHO EM SAÚDE

Resumo

Este trabalho apresenta um pouco dos territórios existenciais de homens egressos de internação de longa permanência em hospital psiquiátrico e que no encontro com o espaço aberto da cidade ressignificam suas masculinidades, bem como o universo singular de mulheres que exercem o cuidado como ofício. Neste exercício de cuidado, mediado pelo estado, os regimes de verdade que orientam práticas em saúde deixam entrever os diferentes matizes religiosos que operam enquanto lentes moralizantes. Entre a interdição diagnóstica e a legal, a interdição dos olhares se faz potente ao interpelar os corpos-homens-loucos. A cultura e, em seus intestinos, a mídia, mantém um exercício minucioso de atualização de controle dos corpos, em microscópicas ações cotidianas da micropolítica das relações.