EDUCAÇÃO, LINGUAGEM E MUNDO COMUM

Adair Adams

Resumo


O presente artigo busca pensar desafios da educação na atualidade marcada pelas novas tecnologias da comunicação e informação, propondo um viés de pensamento que não se entrega nem a uma fundamentação e/ou justificação da educação nessas tecnologias e nem a uma proposta que pensa a educação como um meio de qualificação de competências para a organização mercadológica do mundo. Argumenta-se que o centro da educação é um processo de humanização, aqui pensado na ótica do paradigma da linguagem hermenêutica, em que é preciso colocar em questão o ser humano, sempre no presente, para que se possa pensar as necessidades e possibilidades da educação, também sempre no presente. Colocar o ser humano em questão é não tomá-lo como dado constituído tecnologicamente, perspectiva difundida na atualidade de que há um novo ser humano, que já é pós-humano e/ou ciborg. Ao refletir filosoficamente sobre essa situação, argumenta-se no presente trabalho que a base da educação é a condição do homem como ser de linguagem, o que sugere uma realização sua em perspectiva dialógico-hermenêutica, sempre no suposto de que o ser humano não está dado, nem tecnologicamente, e que há sempre que se constituir deliberando sem uma base rígida. A partir de Heidegger, Gadamer, Ricoeur e Arendt propomos um diálogo que tem na interpretação da tradição elementos para refletir sobre a situação hermenêutica do humano que se constrói pedagogicamente na perspectiva de um mundo comum.


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