PURIFICAR E A POSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO DO OUTRO

Carlos José Pereira Kruber

Resumo


O presente artigo tem o objetivo de abrir uma discussão interdisciplinar sobre alguns exemplos que incidem atos de purificar (mesmo que de forma velada) na sociedade moderna e processo de exclusão do “outro”, como forma de proteção aos “novos direitos”, utilizando como base os ensinamentos da antropóloga Mary Douglas “Pureza e Perigo”. Se a complexidade se exibe com traços inquietantes da desordem, como devemos proceder para ordenar tais acontecimentos do cotidiano, isto é, selecionar os elementos da ordem e da certeza sem promover a possível exclusão do outro? E se precisar, classificar, distinguir, servem de mecanismo para o filtro do padrão “aceitável”, como deveríamos agir ou hierarquizar os valores morais referente ao dualismo do bem ou mal, do amigo ou inimigo? É possível concentrar a atenção em trilhas menos habituais? Podemos examinar o próprio mecanismo filtrador? Nessa arte, a cultura do após-dever funciona como um caos organizador. Somos regidos pela desordem organizadora, um futuro não controlável, de mecanismo de segurança controladoras num espaço temporal e aleatório, no qual a liberdade e a igualdade são revistas, senão sacrificadas. A ideia de dever deu lugar aos deveres negativos, como não matar ou roubar, mas não os positivos, que abrangem causas exteriores a nós. Criam-se fronteiras ou todos os que são identificados como “potencialmente contaminadores”, esses, devem ser “purificados” ou “eliminados”, eis o Estado “jardineiro”.

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