Dispositivos, desejo e a esfera pura

Ana Carolina Jungblut

Resumo


Para os gregos, diferentemente do ato cidadão de exercer política, oikonomia (economia) referia-se a administração da casa, do ser humano enquanto classe hierárquica e meramente biológica. No período medieval oikonomia também refere-se a administração da vida, porém, com livre-arbítrio e orientada pelo plano divino. Giorgio Agamben verifica que na modernidade secular, em vez de Deus, o estado (poder soberano ou mercado) articula esta oikonomia e passa a governar o mundo ao lado do livre arbítrio das pessoas, seus desejos e emoções. Assim, além da perda da ação na esfera política, a vida humana é governada pelas instituições/mercado a partir da oikonomia que pode ser entendida como dispositivo, ou seja, práticas, técnicas, saberes que regulam o modo pelo qual as coisas chegam ao sujeito, controlando subjetividades e orientando pensamentos, desejos e emoções.  Neste trabalho queremos perceber o fenômeno além das subjetivações criadas, ou seja, os excessos de dispositivos midiáticos criadores da esfera pura e do retardamento dos desejos que geram um novo ser humano dessubjetivado e espectral. Palavras chave: oikonomia (dispositivo), subjetivação e mídia. Autoria: Ana Carolina Jungblut, doutoranda pela EST, São Leopoldo, RS, bolsista CNPq. E-mail: anablut@hotmail.com.


Palavras-chave


Agamben, dispositivos, oikonomia

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